Acendes o cigarro. Pedes um café. Róis as unhas.
Dás a primeira passa: inchas a boca e expeles o fumo desfiando um pensamento qualquer.
Levas o café à boca e voltas às unhas. O olhar fixa-se num qualquer vazio.
A mão na boca. A perna inquieta.
Dir-se-ia que esperas.
Manténs o olhar fixo no nada até turvares a vista.
Desapareces de dentro de ti por um brevíssimo momento.
formas uma natureza morta composta pelo cinzeiro, um cigarro, umas mãos roídas até ao sabugo e o teu corpo vazio. (isto para quem observa de fora)
A ansiedade na ponta dos teus dedos inchados e sangrentos
A ansiedade na chaminé fumarenta em que transformas-te a tua boca
No Parkinson que te ataca a perna direita
No olhar ruminante
A ansiedade que não sabes de onde vem.
Predador que se aproxima passo a passo
na savana dos teus pensamentos.
lunes, 18 de enero de 2010
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